O que vou relatar aqui aconteceu comigo (Helena- mezzo Vocal Legacy), e que, se você já assistiu alguma programação do Vocal já deve ter ouvido.
No ano de 2002 me casei e em seguida engravidei. Não era uma gravidez planejada, mas trouxe muita felicidade quando tivemos a confirmação. Primeiro filho, primeiro neto, de ambos os lados, uma agitação total. Minha mãe se colocou a bordar, costurar, dizia que ela mesma queria fazer as coisinhas para o neto (a).
Eu saía comprando fraldas e mais fraldas, roupinhas, cobertor, protetor de berço, móveis, cortina, enfim, todo mundo se preparando para a chegada do tão esperado bebê.
Pintamos o quartinho, colocamos cortina, móveis, só faltava mesmo o bebê. No dia que terminamos tudo eu estava com 4 meses de gravidez. A ansiedade era tanta que fizemos tudo rapidinho. Mas nesse mesmo dia fui ao banheiro e vi uma sujeirinha na calcinha, parecia sangue. Contei pra mãe, fiquei nervosa, e ela me falando que não precisava ficar assim, pois, com muitas mulheres, era comum isso acontecer. Mas marcou uma ecografia para que eu ficasse mais calma.
Chegamos à Clínica, entramos na sala e o médico começou o exame. Minha mãe então falou: "Olha filha que gracinha- aparecia o bebê bem bonitinho já. Então, para nossa desilusão, o médico falou: "Vocês não estão entendendo, o bebê não tem batimentos cardíacos". Nosso mundo desmoronou, eu desabei a chorar. O médico falou que não poderia estar realizando a curetagem em mim porque estaria viajando, mas que estaria me encaminhando para uma colega sua.
Passou aquela noite, eu chorei ela toda. Na manhã seguinte fomos para o Hospital, eu ainda tinha esperança do médico ter se enganado. Fizeram todos os preparativos, soro, injeções até realizar a curetagem.
A médica veio conversar comigo, falou que eu era nova, que ia ter outros filhos, que isso era muito comum acontecer na primeira gravidez, mas que passados 3 meses poderia engravidar novamente. Não era um consolo, mas trazia certa esperança suas palavras.
Se passaram então 10 meses e engravidei novamente, corri mostrar o resultado para uma amiga, que tinha acompanhado tudo. Falei pra ela que orasse pra que agora as coisas dessem certo, pois não suportaria passar por tudo aquilo de novo. Ela me abraçou e disse que era para eu tirar isso da cabeça, pois tudo ia correr bem.
Fomos então para a praia, era época de férias. Quando estávamos lá uns dois dias comecei com sangramento. Meus pais então me levaram para Paranaguá, pois não adiantaria voltarmos para Castro, os bons médicos estavam todos viajando.
Em Paranaguá consultei com uma médica, e esta realizou exames e constatou que era incício de aborto mas que eu não havia perdido até aquele momento. Falou para que voltássemos e eu ficasse em repouso absoluto. Voltamos então para a casa que estávamos passando as férias e o sangramento foi aumentando. Retornamos novamente à Paranaguá e a médica fez novos exames e constatou que eu havia perdido o bebê. Orientou que internássemos para a realização de uma curetagem.
Durante esta curetagem eu tive hemorragia, para susto da médica, que acabou raspando demais meu útero.
Voltamos para casa. Passou um mês, nada de menstruação, dois meses e nada. Liguei para uma tia que é enfermeira e perguntei se era normal, pois, da primeira curetagem aquilo não tinha acontecido. Ela falou então que isso poderia estar acontecendo devido a hemorragia que havia tido. Passaram então mais um mês, mais outro, e assim foi até os seis meses após a curetagem. Resolvi procurar pela minha médica e ela pediu um exame. Fiz o exame e ele confirmou o que a médica temia. Eu estava com "Síndrome de Asherman" - sinéquia total do útero. Me encaminhou para um especialista em Curitiba.
Marquei com o especialista e fui à consulta. Quando mostrei o resultado do exame para ele, ele abaixou a cabeça, olhou para sua assistente e me falou, com o rosto triste que ele não gostaria de falar o que ele ia falar pra mim naquele momento, mas eu nunca mais poderia ter filhos. Meu útero estava como uma ferida cicatrizada, que não abre mais, e se ele tentasse alguma cirurgia poderia perfurá-lo e eu acabar morrendo com uma hemorragia. Mais uma vez meu mundo caiu, chorei muito. Ele olhou pra minha mãe e disse que o que poderia ser feito era uma inseminação artificial nela, já que ela era nova. Assim eu poderia ter o meu bebê, através da minha mãe.
Voltamos embora sem assunto, calados, chorando, tristes.
Começamos a orar e pedir que Deus intercedesse de alguma maneira. Pedimos oração nos cultos da Igreja, quando todos começaram a orar também.
Passadas duas semanas, eu dei um grito de dentro do banheiro: "Mãe, venha cá, minha mesntruação desceu". Ela saiu correndo e disse que ia ligar pro médico e contar, pra ver o que ele dizia.
O médico falou que aquilo não era possível, pois ele tinha visto meu exame a duas semanas e não tinha como isso acontecer. Marcou então uma cirurgia investigativa, para poder ver em que estado estava meu útero.
A cirurgia demorou mais de 5h, foi anestesia geral. Quando comecei a voltar da anestesia me senti mal e me levaram para os aparelhos novamente. Passou algum tempo e fui acordando e percebi que o médico estava pegando na minha cabeça, achei estranho, pois o médico nunca fica com o paciente quando a cirurgia acaba, só a enfermagem. Ele então começou a conversar comigo. Ele disse: "Helena, você ta me ouvindo, é o doutor Francisco, eu esperei você acordar porque eu mesmo queria te dar esta notícia. O teu útero está novo criança. Não da pra dizer que você alguma vez teve qualquer coisa anormal nele, foi um milagre". Eu vi lágrimas nos olhos dele.
Mais tarde passei por nova cirurgia, para pequenas correções, mas, dito pelo próprio especialista, aquilo não tinha explicação, ele nunca tinha visto algo assim antes, um útero nas condições que o meu estava voltar ao normal, e em tão pouco tempo. Ele disse que quando cheguei até ele, elehavia ficado arrasado, pois eu era a paciente mais nova de sua clínica, já que ele, na maioria das vezes, atendia pessoas mais velhas, que tinham problemas para engravidar.
Amigos, eu não tenho nenhuma dúvida de quem foi O Restaurador do meu útero. Para nós humanos, muitas coisas são impossíveis, mas para o nosso Deus, não existe nada que seja difícil ou impossível.
Precisamos orar com mais fé, clamando pela ajuda de Deus, e aceitar a sua resposta. Que nós possamos a cada dia confiar mais nesse Pai maravilhoso, que nos ama incondicionalmente e está sempre nos ouvindo e nos ajudando.
E como Deus não faz milagres pela metade, Ele me concedeu o privilégio de ter um gurizinho: o Daniel, hoje com 3 anos de idade, que é uma bençãos em nossas vidas!!!
Que Deus abençõe a cada um!!!
Amém